segunda-feira, 23 de julho de 2012

a Carta e Você


A verdade é que nunca recebi aquela carta que você me prometeu, nunca olhei o horizonte do lugar em que você havia me prometido e, provavelmente, se isso acontecer, o verei sozinha. Promessas e promessas, para que fazê-las se nunca as cumprimos? Deixando-as livres no ar, a espera do dia em que se concretizarão. Sabe do que eu mais sinto falta ? É da sua companhia, porque quando a tinha, eu não fazia ideia do era me sentir só. Você foi grande, foi importante, foi amigo. E faz uma falta enorme. E que "trem" é esse de sentimento que eu não sei esquecer? que eu não consigo definir? que vive, assim como as promessas, solto pelo ar. e que consegue se tornar tão amargo e tão doce ao mesmo tempo? Não tenho entendido muitas coisas, mas acho que eu queria te ver, e tudo se resume nisso. [Dleifrag]
Debora

domingo, 15 de julho de 2012


Bom, vamos lá então, seja bem-vindo novamente a minha mente e, faça o que você faz de melhor, sinta-se em casa. Já que tem sido assim, pensei em escrever sobre isso, sobre você. Quem sabe isso não me ajude a te colocar em um lugar consistente uma vez que só o que tenho feito é pensar em você, sonhar com você, lembra de você, você, você, VOCÊ! Oh! Dizem que o tempo faz passar, que ele muda as coisas, mas acredito que, no meu caso e, especialmente nele, ele esteja meio cansado ou sobrecarregado, porque não tem feito muita coisa, nem mudado nada conforme me fora prometido. Não o culpo, sinto por todos pensarem que apenas ele tem que fazer e ficarem de braços cruzados. Mas que puxa a vida ser assim! Mas voltando ao assunto, vamos falar sobre você e como você tem estado tão presente em mim sem ao menos eu ter sua presença por qualquer segundo que fosse nesses últimos longos anos. Tenho lembrado muito e esse rememorar me tem deixado paranoica. Quem dera ao invés de estar escrevendo pudesse eu estar sentada a sua frente contando-lhe tudo isso. Mas estamos tão longe que só em sonho mesmo para isso acontecer! Sua presença tem sido tão forte nos meus dias que tenho lembrado de coisas que eu imaginava já ter esquecido. Pequenos detalhes. E, olha, põe pequeno nisso. Imperceptíveis, porém com uma carga de sentimentos enormes. É olhar pro lado e lembrar, olhar no espelho e lembrar, olhar pra rua pela janela do ônibus quando este passa em frente ao lugar do nosso primeiro beijo e ver que (in)felizmente você ainda vive em mim. Não, eu não te esqueci e não consigo entender como! Talvez, e onde eu mais encontro razão, nossa história tenha ficado inacabada. Ela foi interrompida sem que nos fosse pedido permissão. Simplesmente uma hora eu tinha você aqui comigo, outra hora não. E, sinto que por isso, você não deixou de existir em mim. Lembra aquele seu jeito? o meu dleifrag? Então, eu lembro e muito! Lembro com a maior riqueza de detalhes possível! Nossa, como eu queria mesmo que você estivesse aqui ouvindo tudo isso! Ando pensando e, pra ser honesta, pensando muito esses últimos dias. Me questiono: apesar dessa louca vontade, se, por alguma acaso do destino, eu o tivesse aqui hoje, o que isso mudaria? o que faria de melhor ou pior em mim a sua presença em carne e osso? o que aconteceria com tudo isso que sinto? Sinceramente? não sei qual a resposta. Ora penso que não mudaria muita coisa, diminuiria a saudade é claro, mas a falta não, porque não sei se tenho coragem de largar o que tenho para arriscar novamente contigo. E ora penso que mudaria tudo, que louca e desenfreadamente abriria mão de tudo por ti, por nós novamente. É, não sei. E aqui eu travo. Aqui eu me perco. Me encontrar sem resposta é uma interna confusão que não cabe em mim, então eu libero isso. Lágrimas, palavras, dentre outras tantas maneiras. Mas maneiras que de maneira alguma alguém perceba. Porque sou fraca aos olhos desse alguém por isso, e quem gosta de ser considerado fraco? Não, preciso ser forte e forte sozinha. Essa nossa história me mostrou isso. Esse lado que eu não conhecia. Que para ser forte junto, eu preciso ser forte sozinha. Preciso ter certeza de mim, me conhecer. Porque, assim, se um dia você ir embora, como foi, eu saberei ficar sozinha. Eu não estarei tão assim não-sei-como-estou como me encontro hoje. Você faz falta! E uma grande, impreenchível e solitária falta.
Me escondi de ti, dele, dela, daquele outros, de todos os outros. Me escondi de mim em mim mesma. Me perdi, me refugiei. Me tranquei a sete chaves e consegui a proeza de perder cada uma delas. Pensei que seria melhor ficar um tempo em mim e longe dos outros, mas acho que fiquei tempo de mais e esqueci como é estar longe de mim e perto dos outros.

"Sonhei ter sonhado
Que havia sonhado.
Em sonho lembrei-me
De um sonho passado:
o de ter sonhado
Que estava sonhando.
Sonhei ter sonhado…
Ter sonhado o quê?
Que havia sonhado
Estar com você.
Estar? Ter estado,
Que é tempo passado.
Um sonho presente
Um dia sonhei.
Chorei de repente,
Pois vi, despertado,
Que tinha sonhado."
Manuel Bandeira - Tema e variações

sábado, 27 de agosto de 2011

Minha Vida, Por Mim.

Joguei tudo que eu tinha no chão, virei as coisas e continuei andando. Se eu olhei para trás? é claro que sim, mas não parei. Não entendi o que estava fazendo, ainda não entendo e tenho medo de não ter tempo para entender. Agora, depois de milhas e milhas longe de onde parti, estou tentando voltar. Mas, nesses últimos meses, o vento soprou muito forte e nada mais esta no lugar onde deixei. Penso em deixar tudo de lado novamente, afinal é muito mais fácil, porém não melhor, seguir como estou, do que correr atrás de tudo. O vento não parou, na realidade, ele tem vindo com mais força. Penso que tudo resolveu se rebelar contra mim. Continuo sem entender. Continuo sem saber o que estou fazendo e o porque estou fazendo. Eu juro, eu procuro, procuro, procuro e não encontro razão no que sigo ou no que me faz estar onde estou. Sinto sua falta. Mas, na real, não existe algo que não tenho sentido falta ultimamente. Eu tento ser forte, pensei que fosse o suficiente, mas não. Estou nadando de volta a superfície, mas quando olho pro lado só vejo escuridão e retomo a consciência de quão estou longe dela. Mas eu estou me esforçando. Um passo de cada vez que só assim chego a algum lugar. E, apesar da minha pressa, estou reaprendendo a ter paciência. Tudo que é importante demora. E, de fato, se não fosse importante, eu não teria voltado, não teria tido forças para ir atrás, pois não sou de ter ânimo com o fato de ter que sempre estar indo atrás, mas apesar disso estou aqui de novo. "Sem pressa, sem pressa, sem pressa", fico repetindo isso em minha mente, mas, se eu pudesse, resolveria tudo neste minuto. E tal minuto já passou. e não resolvi nada. e continuo a dizer repetitivamente as mesmas palavras em minha mente. Só espero não ficar louca e não morrer quando finalmente tudo estiver voltando a dar certo. Esperava ouvir tanta coisa de você. Esperava que você, uma vez pelo menos, corresse atrás também. Espero demais. E cada vez que me percebo esperando algo seu, a maré sobe tanto quanto essa esperança, e eu me vejo cada vez mais longe da superfície. E o que eu posso fazer? não sei, não sei, NÃO SEI!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu queria ter algo ao que me agarrar, mas nada tem se mostrado firme ultimamente. Não sei o que fazer, não sei como agir, não sei como pensar. Nem mesmo sei como vim parar aqui, neste agora, da forma como estou. E também nem sei se quero encontrar alguma razão pra isso. Nem sei o que quero, pra ser sincera. Tantos anos aprendendo como ser, como agir, o que falar, que exemplos seguir, e hoje em dia não lembro metade do que me foi ensinado. Desaprendi tudo que se dizia ser importante em minha vida. Na verdade, não sei se houve mesmo algo realmente importante em minha vida. Esta tudo caindo aos pedaços, e eu não sei o que fazer. Preciso de um tempo. Mas tempo pra quê? Tempo pra tentar ser feliz? Mas, como é mesmo que se é feliz? Como eu disse, eu desaprendi. A incerteza me dá mais medo do que qualquer outra coisa. E quão incerto é cada passo que eu dou, cada rumo que sigo, cada escolha que faço, cada palavra que digo, e por ai vai.

domingo, 13 de fevereiro de 2011


É quando a luz se apaga que você começa a ver o que é real. É como olhar o céu em um dia claro, por mais limpo que ele esteja, é só de noite que enxergamos as estrelas.
cc- debs