Bom, vamos lá então, seja bem-vindo novamente a minha mente e, faça o que você faz de melhor, sinta-se em casa. Já que tem sido assim, pensei em escrever sobre isso, sobre você. Quem sabe isso não me ajude a te colocar em um lugar consistente uma vez que só o que tenho feito é pensar em você, sonhar com você, lembra de você, você, você, VOCÊ! Oh! Dizem que o tempo faz passar, que ele muda as coisas, mas acredito que, no meu caso e, especialmente nele, ele esteja meio cansado ou sobrecarregado, porque não tem feito muita coisa, nem mudado nada conforme me fora prometido. Não o culpo, sinto por todos pensarem que apenas ele tem que fazer e ficarem de braços cruzados. Mas que puxa a vida ser assim! Mas voltando ao assunto, vamos falar sobre você e como você tem estado tão presente em mim sem ao menos eu ter sua presença por qualquer segundo que fosse nesses últimos longos anos. Tenho lembrado muito e esse rememorar me tem deixado paranoica. Quem dera ao invés de estar escrevendo pudesse eu estar sentada a sua frente contando-lhe tudo isso. Mas estamos tão longe que só em sonho mesmo para isso acontecer! Sua presença tem sido tão forte nos meus dias que tenho lembrado de coisas que eu imaginava já ter esquecido. Pequenos detalhes. E, olha, põe pequeno nisso. Imperceptíveis, porém com uma carga de sentimentos enormes. É olhar pro lado e lembrar, olhar no espelho e lembrar, olhar pra rua pela janela do ônibus quando este passa em frente ao lugar do nosso primeiro beijo e ver que (in)felizmente você ainda vive em mim. Não, eu não te esqueci e não consigo entender como! Talvez, e onde eu mais encontro razão, nossa história tenha ficado inacabada. Ela foi interrompida sem que nos fosse pedido permissão. Simplesmente uma hora eu tinha você aqui comigo, outra hora não. E, sinto que por isso, você não deixou de existir em mim. Lembra aquele seu jeito? o meu dleifrag? Então, eu lembro e muito! Lembro com a maior riqueza de detalhes possível! Nossa, como eu queria mesmo que você estivesse aqui ouvindo tudo isso! Ando pensando e, pra ser honesta, pensando muito esses últimos dias. Me questiono: apesar dessa louca vontade, se, por alguma acaso do destino, eu o tivesse aqui hoje, o que isso mudaria? o que faria de melhor ou pior em mim a sua presença em carne e osso? o que aconteceria com tudo isso que sinto? Sinceramente? não sei qual a resposta. Ora penso que não mudaria muita coisa, diminuiria a saudade é claro, mas a falta não, porque não sei se tenho coragem de largar o que tenho para arriscar novamente contigo. E ora penso que mudaria tudo, que louca e desenfreadamente abriria mão de tudo por ti, por nós novamente. É, não sei. E aqui eu travo. Aqui eu me perco. Me encontrar sem resposta é uma interna confusão que não cabe em mim, então eu libero isso. Lágrimas, palavras, dentre outras tantas maneiras. Mas maneiras que de maneira alguma alguém perceba. Porque sou fraca aos olhos desse alguém por isso, e quem gosta de ser considerado fraco? Não, preciso ser forte e forte sozinha. Essa nossa história me mostrou isso. Esse lado que eu não conhecia. Que para ser forte junto, eu preciso ser forte sozinha. Preciso ter certeza de mim, me conhecer. Porque, assim, se um dia você ir embora, como foi, eu saberei ficar sozinha. Eu não estarei tão assim não-sei-como-estou como me encontro hoje. Você faz falta! E uma grande, impreenchível e solitária falta.